A microcefalia é no momento o tema principal na área da saúde, após o Ministério da Saúde anunciar que o Brasil entrou no estado de emergência por conta de surto de microcefalia, momento em que a população ficou em dúvida sobre o que é essa doença.
A microcefalia pode ser definida como sendo a situação quando o cérebro permanece anormalmente pequeno, sendo fácil reconhecer: o crânio é extremamente pequeno e raramente tem mais que quarenta e cinco centímetros de circunferência quando a criança estiver com um ano e três meses de idade; as fontanelas se fecham prematuramente, não permitindo que o cérebro alcance proporções normais de seu tamanho.
Um defeito no desenvolvimento do cérebro como um todo, com um perímetro cefálico com menos de três desvios padrões abaixo da média para a idade e sexo. As anormalidades evolutivas e os processos destrutivos que afetam o cérebro durante a vida fetal e os períodos infantis iniciais podem induzir a esse defeito no lactente.
Consequências da microcefalia
A grande maioria dos casos de microcefalia resulta em algum nível de retardo mental. O crânio aumenta conforme a criança cresce, mas continua com um tamanho inferior ao adequado para o correto desenvolvimento do cérebro, o que resulta em variados graus de comprometimento motor, psíquico ou neurológico. Hiperatividade, déficit cognitivo, visual ou auditivo, assim como epilepsia, também são problemas usualmente associados a crianças que nascem com microcefalia. Todas essas sequelas variam caso a caso, pois dependem da gravidade da malformação. No entanto, há casos em que a inteligência da criança não é afetada por conta da condição. Acompanhamento precoce com profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional pode ajudar a minimizar as disfunções que o indivíduo venha a desenvolver.
Quando o tamanho reduzido do crânio acontece por causa de algum problema ósseo, há alguns tratamentos que podem permitir ao cérebro um desenvolvimento normal, mas não há cura para a microcefalia. Não foi encontrada nenhuma forma de se contornar a condição de modo que a cabeça de uma criança afetada com a condição adquira o tamanho ou forma correta posteriormente.
A criança com microcefalia pode ter outros problemas como:
• Retardo mental
• Atraso nas funções motoras e de fala
• Distorções faciais
• Nanismo ou baixa estatura
• Hiperatividade
• Epilepsia
• Dificuldades de coordenação e equilíbrio
• Alterações neurológicas.
Tratamento e prevenção
Não há tratamento medicamentoso para a microcefalia que possa ser capaz de fazer a cabeça da criança voltar ao normal. É orientado realizar terapias para melhorar as habilidades da criança, como a fala. Portanto, a fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de tratamentos orientadas pelo médico são bem vindas. A gestante também deve sempre procurar o médico se sentir sintomas de infecção, como febre, além de evitar o abuso de álcool e drogas ilícitas.
O surto de microcefalia no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, a situação atual é inédita e não há relatos na literatura científica de outros casos. O estado de Pernambuco registrou 141 casos de microcefalia desde o início de 2015 um aumento drástico em relação ao ano passado, quando houve apenas 12 casos. Foram identificados ainda 21 casos no Rio Grande do Norte e nove casos na Paraíba. As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses relaciona o aumento de casos a infecções por Zika vírus – vírus que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano.
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