1. O enfermeiro pode se deparar com situações envolvendo parada cardiorrespiratória (PCR). Tanto no ambiente extrahospitalar como hospitalar, é muitas vezes o profissional que primeiro tem contato com o paciente nesta situação. Para saber agir corretamente, é, necessário, conhecimento e atitude, além de raciocínio rápido. Sobre o assunto, assinale o item INCORRETO:
a) A assistolia é a ausência de ritmo cardíaco. É a situação terminal. Cada vez mais a instituição de manobras de ressuscitação em pacientes terminais que estão em PCR com assistolia é considerada inútil. A principal causa é a hipóxia, embora existam outras, que devem ser procuradas e corrigidas, se identificadas, mas tendo em mente que mesmo assim, podem não tirar o paciente da parada.
b) A taquicardia ventricular sem pulso é a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que sujeitam o paciente a uma deterioração hemodinâmica acentuada, podendo chegar à ausência de pulso arterial palpável.
c) A atividade elétrica em pulso (AESP) é a ausência de absoluta de pulso detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica e a denominação AESP inclui ainda a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular sem pulso e assistolia.
d) A fibrilação ventricular é a contração descoordenada do miocárdio por conta da atividade caótica de grupos diferentes de fibras miocárdicas, o que resulta na total ineficiência do coração em manter um rendimento de volume sanguíneo adequado.
2. As queimaduras são lesões teciduais causadas pela ação direta ou indireta de vários agentes, como calor, radiação ou choque, entre outros. Sobre o assunto, assinale o item correto:
a) A classificação da queimadura quanto à profundidade pode direcionar o atendimento pré-hospitalar, porém não fornece nenhuma informação quanto à continuidade do tratamento nos centros especializados que receberão o paciente. Queimaduras de primeiro grau atingem a epiderme e parte
da derme, não sendo acompanhada de dor; a queimadura de segundo grau acomete a epiderme e a derme, sempre acompanhada de vermelhidão, sem a formação de bolhas; a queimadura de terceiro grau atinge todas as camadas da pele e é a mais grave em termos de profundidade.
b) A extensão da queimadura indica a gravidade da lesão e quais medidas devem ser adotadas no atendimento a esse paciente, através da aplicação da regra dos nove; sendo assim, um adulto que sofreu queimaduras em uma perna, região perineal e parte anterior do tronco teve 80% do corpo queimado.
c) Um paciente pode ser classificado como grande queimado se for menor de 50 anos, com 8% de área corporal atingida ou se for criança menor de 8 anos com 10% de área corporal queimada; nas demais faixas etárias, o grande queimado é assim classificado ao ter no mínimo 12% do
seu corpo atingido por queimadura.
d) São algumas recomendações no atendimento à vítima de queimadura: não dar líquidos à pessoa inconsciente, não remover roupas ou acessórios aderidos ao corpo, não ultrapassar 10 minutos lavando a área afetada, não aplicar loções ou qualquer medicamentos não prescritos nas queimaduras.
3. Atualizações recentes relatam que o paciente que sofre uma parada cardiorrespiratória (PCR) fora do hospital têm uma cadeia de sobrevivência diferente daquele que sofre a PCR intra-hospitalar. A respeito disso, leia as afirmativas seguintes e indique a alternativa correta:
I- A vigilância e prevenção é o primeiro item da cadeia de sobrevivência à PCR extra-hospitalar.
II- O Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência é o primeiro item da cadeia de sobrevivência extra-hospitalar.
III- A cadeia de sobrevivência à PCR extra-hospitalar tem a participação tanto de socorristas leigos como também do serviço médico de emergência.
IV- A rápida desfibrilação é um item exclusivo da cadeia de sobrevivência à PCR extra-hospitalar, pois quando o paciente sofre uma PCR dentro do hospital, deve-se realizar somente a RCP imediata de alta qualidade.
V- Somente o paciente que sofre uma PCR extra-hospitalar deve receber cuidados pós-PCR.
VI- Ambas as cadeias podem ser executadas tanto por leigos como também por profissionais especializados.
a) Somente V e VI estão corretas.
b) Somente a VI está correta.
c) Somente II, III e IV estão corretas.
d) Somente II e III estão corretas.
4. Durante um atendimento de suporte básico de vida a uma vítima adulta de PCR, por profissionais de saúde, para obter uma RCP de alta qualidade deve-se:
I - Comprimir a uma frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min.
II- Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5 cm).
III- Interromper as compressões por mais de 10 segundos.
IV- Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões, cada respiração administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax).
Está(ão) correta(s):
a) Somente a afirmativa II.
b) Somente as afirmativas II e IV.
c) Somente a afirmativa III.
d) Somente as afirmativas I e III.
5. Admite-se um paciente no pronto socorro do hospital onde você trabalha, trazido pelo SAMU com o seguinte histórico: vítima de acidente motociclístico, moto x carro, sendo a vítima o condutor da motocicleta, foi encontrado no local, próximo ao meio fio, inconsciente, sem capacete, apresentando escoriações pelo corpo, crepitação em região parietal D, otorragia e otorreia, Glasgow= 1+2+4=7. Ao avaliar a vítima dentro da sala de emergência, você constata que ela está apresentando Tríade de Cushing, que corresponde a:
a) Bradicardia, bradipneia e hipotensão arterial.
b) Bradicardia, bradipneia e hipertensão arterial.
c) Bradicardia, taquipneia e hipertensão arterial.
d) Bradicardia, taquipneia e hipotensão arterial.
6. Ainda a respeito do paciente citado na questão anterior, o valor da escala de coma de Glasgow classifica o traumatismo cranioencefálico como:
a) Leve
b) Moderado
c) Grave
d) Gravíssimo
7. O traumatismo torácico é reconhecido como um grande causador de mortes cuja fisiopatologia está relacionada com três alterações básicas, quais sejam:
a) hipertermia, hipertensão e perda da consciência.
b) hipóxia tecidual, hipercapnia e acidose.
c) hipóxia tecidual, hiperglicemia e inconsciência.
d) alcalose, hipotensão e acidose.
8. Um paciente politraumatizado, de 25 anos de idade, dá entrada na Unidade de Urgência/Emergência, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em decorrência de colisão frontal moto/caminhão. Em breve avaliação, observa-se abertura ocular apenas sob estímulo doloroso; resposta motora com movimentos de retirada. O paciente verbaliza palavras inadequadas às perguntas realizadas. Conforme os parâmetros da Escala de coma de Glasgow, o escore atribuído a esse paciente é de
a) 15.
b) 9.
c) 7.
d) 5.
9. No atendimento a um politraumatizado, onde há a suspeita de ruptura de baço, o técnico de enfermagem e toda equipe devem tomar iniciativas para prevenir o ___________________. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
a) Choque séptico
b) Choque cardiogênico
c) Choque hipovolêmico
d) Choque neurogênico
e) Choque anafilático
10. As Diretrizes da American Heart Association e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) (2015) atualmente recomendam que a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) com um único socorrista siga a seguinte sequência de procedimentos de sobrevivência básica de vida em adultos:
a) C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração), com 30 compressões e duas respirações.
b) A-B-C (respiração, via aérea, compressões torácicas), com 15 compressões e uma respiração.
c) A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas), com 30 compressões e duas respirações.
d) C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração), com 15 compressões e uma respiração.
11. De acordo com a American Heart Association (2015), na cadeia de sobrevivência da parada cardiorrespiratória (PCR) ocorrida no ambiente intra-hospitalar, estão:
a) vigilância e prevenção, reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência, rápida desfribilação, ressuscitação cardiorrespiratória de alta qualidade, suporte avançado de vida e cuidados pós-parada cardiorrespiratória.
b) reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência, ressuscitação cardiorrespiratória de alta qualidade, rápida desfribilação, acionamento de serviços médicos básicos e avançados de emergência, suporte avançado de vida e cuidados pós-parada cardiorrespiratória.
c) reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência, rápida desfribilação, ressuscitação cardiorrespiratória de alta qualidade, acionamento de serviços médicos básicos e avançados de emergência, suporte avançado de vida e cuidados pós-parada cardiorrespiratória.
d) vigilância e prevenção, reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência, ressuscitação cardiorrespiratória de alta qualidade, rápida desfribilação, suporte avançado de vida e cuidados pós-parada cardiorrespiratória.
12. A American Heart Association (2015) aborda os tópicos de uma ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade para adultos. De acordo com essa associação internacional e com as condutas que os socorristas devem realizar durante a RCP, escreva V para verdadeiro e F para falso e assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses de cima para baixo.
( ) Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120 por minuto e ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões, cada respiração administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax).
( ) Realizar compressão a uma profundidade de pelo menos 2,4 polegadas (6 cm).
( ) Permitir o retorno total do tórax após cada compressão.
( ) Interromper as compressões por 10 segundos.
a) V, F, V, V.
b) V, V, V, F.
c) V, F, V, F.
d) F, F, V, V
13. No Brasil, os acidentes configuram-se um problema de saúde pública, com forte impacto na morbimortalidade da população. No conjunto das lesões decorrentes das causas externas, o trauma cranioencefálico (TCE) destaca-se como sendo uma das lesões mais frequentes. Entre os principais cuidados de enfermagem no TCE, assinale o item CORRETO.
a) Utilizar protocolo de avaliação neurológica; avaliar respiração e ventilação; manter a pressão arterial média (PAM); evitar o uso de soro glicosado; avaliar a distensão abdominal, hematoma e dor em região abdominal.
b) Utilizar protocolo de avaliação neurológica; manter vias aéreas pérvias quando necessário; manter a pressão venosa central (PVC); controlar a temperatura interna do paciente; manter acesso venoso calibroso para quantificação da volemia; manter cabeceira elevada a 45°.
c) Utilizar protocolo de avaliação neurológica; avaliar respiração e ventilação; manter a pressão venosa central (PVC); promover mudança de decúbito para evitar úlceras por pressão; manter acesso venoso calibroso para quantificação da volemia; manter cabeceira elevada a 45°.
d) Utilizar protocolo de avaliação neurológica; avaliar respiração e ventilação; manter a pressão arterial média (PAM); promover mudança de decúbito para evitar úlceras por pressão; evitar o uso de soro glicosado; avaliar a distensão, hematoma e dor em região abdominal.
14. De acordo com as Diretrizes da American Heart Association, é correto afirmar que a cadeia de sobrevivência de Parada Cardiorrespiratória Extra Hospitalar (PCREH) para socorristas leigos deve ser iniciada a sequência por:
a) Desfibrilação imediata.
b) Vigilância e prevenção.
c) Reanimação Cardiopulmonar imediata de qualidade.
d) Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência.
15. O choque é um distúrbio ameaçador ávida com inúmeras causas subjacentes. Caracteriza-se pela perfusão tecidual inadequada que, quando não tratada, resulta em morte celular. O choque afeta todos os sistemas corporais e pode ser classificado quanto a sua etiologia. No choque_________________ , o tipo mais comum de choque, temos como etiologia o volume intravascular diminuído. Já no choque ______________________, a causa é uma reação alérgica grave. E no choque ____________________________ temos uma infecção disseminada. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.
a) Hipovolêmico, Anafilático e Séptico.
b) Cardiogênico, Distributivo e Anafilático.
c) Cardiogênico, Neurogênico e Asséptico.
d) Hipovolêmico, Neurogênico e Anafilático.
16. Na assistência ao paciente crítico com trauma cranioencefálico, um dos procedimentos do enfermeiro é monitorar o suporte hemodinâmico. Para isso, ele deve conhecer e comunicar os sinais da Tríade de Cushnig, que são:
a) hipotensão, taquicardia e cianose de extremidades
b) sudorese intensa, edema palpebral e hipotermia
c) hematúria, rigidez de nuca e bradicardia
d) bradicardia, hipertensão e alteração no padrão respiratório
e) redução do débito urinário, taquicardia, diarreia
17. Durante o atendimento a um paciente em unidade de emergência hospitalar, o enfermeiro realiza a manobra de elevação da mandíbula com a finalidade de
a) abrir as vias aéreas.
b) iniciar o processo de indução.
c) afastar o risco de infecção.
d) impedir a extubação.
e) reduzir o risco de recurarização.
18. O TCE é a principal causa de óbito e incapacidade adquirida em crianças vítimas de trauma crânio encefálico. Marque a alternativa incorreta:
a) O tratamento para criança com TCE grave na fase de atendimento inicial é fornecimento de oxigênio, intubação intratraqueal, administração de soro isotônico.
b) A intubação intraqueal deve ser realizada em crianças com escore de coma Glasgow = 8, de modo a evitar a hipoxemia, a hipercapnia e a aspiração.
c) O débito urinário e a pressão arterial devem ser monitorados durante a administração do manitol, droga utilizada para prevenir o aumento da pressão intracraniana (PIC).
d) Nos pacientes com fraturas de base de crânio, a sondagem nasogástrica ou enteral deve ser feita por via nasal e não via oral, pois podem provocar infecções e lesões secundárias.
19. Um trabalhador da indústria têxtil, 55 anos, apresentou parada cardiorrespiratória repentinamente no local de trabalho, sendo atendido pelos colegas e a equipe da Saúde do Trabalhador foi acionada. Durante a reanimação cardiopulmonar (RCP), a relação compressão-ventilação sem via aérea avançada deverá ser de
a) 15:2 com um ou dois socorristas.
b) 30:2 com um socorrista ou dois socorristas.
c) 5:2 com dois socorristas.
d) 3:1 com um socorrista
20. No atendimento a uma vítima de trauma, é correto afirmar:
a) Em fraturas, é comum ocorrer imobilidade funcional, que é resolvida com aplicação de emplastos e compressas.
b) Em caso de fratura, a vítima deve ser imediatamente removida para um serviço hospitalar especializado antes de qualquer procedimento, para evitar complicações.
c) Na fratura exposta, o membro afetado deverá ser recolocado no lugar imediatamente, para evitar hemorragia.
d) Em caso de suspeita de fratura cervical, a imobilização da vítima e do pescoço é fundamental antes de se movimentar a vítima.
e) No caso de entorse, devem-se aplicar compressas quentes/mornas, para diminuir o edema local.
21. De acordo com Ladeira (2015), a abordagem inicial ao paciente acometido de uma parada cardiorrespiratória - PCR - através da ressuscitação cardiopulmonar - RCP -, está expressa na alternativa
a) A sequência de atendimento durante o suporte avançado na fibrilação ventricular - FV - /taquicardia ventricular - TV - sem pulso, deve obedecer a seguinte ordem: RCP, por dois minutos - choque - checagem de ritmo - novo choque, se indicado - choque - RCP.
b) Quando a RCP é realizada pelos profissionais de saúde, recomenda-se fazer ciclos de 30 (trinta) compressões torácicas, seguidas de 02 (duas) ventilações até a chegada do desfibrilador, se houver um socorrista, ou ainda, ciclos de 15 (quinze) compressões torácicas, seguidas de 01 (uma) ventilação, se houver mais de um socorrista.
c) Nas manobras de suporte avançado de vida, a identificação do ritmo cardíaco é feita pela monitorização cardíaca, que evidencia duas modalidades de PCR: ritmos que requerem desfibrilação imediata (Fibrilação ventricular, assistolia e taquicardia ventricular sem pulso) e os ritmos que não requerem desfibrilação (assistolia, taquicardia ventricular sem pulso e atividade elétrica sem pulso).
d) No suporte avançado de vida, a via aérea avançada é obtida pela intubação orotraqueal - IOT-. Já a via supra-glótica (máscara laríngea ou tubo laríngeo) está em desuso, em virtude da necessidade de uma boa visualização da glote, visto que sua colocação requer a interrupção das compressões e, devido à complexidade que envolve a técnica, é de difícil treinamento.
e) As compressões torácicas devem ser iniciadas imediatamente, determinando uma boa pressão de perfusão cerebral e coronariana, constituindo-se uma importante mudança no protocolo de RCP, que substitui a tradicional sequência A- B- C para C- A- B (Compressões, vias aéreas e respiração), o que prioriza o efetivo suporte circulatório.
GABARITO
1. C
2. D
3. D
4. B
5. B
6. C
7. B
8. B
9. C
10. A
11. D
12. C
13. A
14. D
15. A
16. D
17. A
18. D
19. B
20. D
21. E
show de bola
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