quarta-feira, 27 de agosto de 2014

• SEMIOLOGIA • Técnicas propedêuticas para o exame físico.

O exame físico compreende da entrevista e as técnicas propedêuticas (inspeção, palpação, percussão e ausculta).

Algumas observações são importantes para uma execução favorável. Tais como observar a posição do paciente, solicitar sua colaboração, estabelecer uma iluminação adequada, respeitar a privacidade do paciente sempre que possível, realizar o exame no sentido céfalo-caudal e evitar interrupções durante o exame.

A primeira avaliação a ser realizada foi a inspeção, que utiliza a visão e o olfato. Neste caso, essa avaliação pode ser de forma estática (observando o paciente em repouso) ou dinâmica (observando os movimentos corporais).

Mostrou-se que é importante analisar o estado nutricional, higienização do paciente, locomoção, postura, dados antropométricos, cor da pele, expressão facial, SSVV, etc. A avaliação da pele deve ser feita de forma minuciosa e bem rigorosa, pois ela pode identificar o aparecimento de alterações no organismo ou mesmo patologias graves numa simples inspeção.

Na palpação, o tato e a audição são os sentidos a ser utilizados. Essa avaliação segue de encontro com a inspeção, confirmando o que havia sido observado. Várias são as técnicas utilizadas para a avaliação e suas realizações dependem muito do local de atuação. As principais são: palpação com mão espalmada, palpação com o dorso da mão, fricção com algodão, palpação bimanual, em pinça, digito pressão, etc., podendo ser de forma profunda ou superficial.

  • Palpação com mão espalmada: 

  • Palpação com uma mão sobre a outra: 

  • Polpas digitais: 

  • Digitopressão: 

  • Pinça: 

  • Palpação com o dorso dos dedos: 

  • Puntipressão: 

  • Fricção com algodão: 

Através dessa avaliação podemos perceber a presença de nódulos, alterações na textura da pele, temperatura, presença de corpos estranhos. Em superfícies ósseas, através da compressão digital é possível detectar a presença do sinal de Gorget, que ocasiona uma depressão na região comprimida, mostrando um comprometimento da circulação naquela região.

Na percussão, o golpeamento é utilizado para delimitar órgãos, observar as características do som (intensidade, timbre e tonalidade) e perceber a presença de líquidos em cavidades.

O som estabelecido pela percussão é influenciado pela espessura da parede, onde a presença de uma parede espessa de gordura pode dificultar a avaliação. Os sons podem ser timpânicos (regiões fechadas e com ar), maciço (estruturas sem ar) e submaciço (regiões densas, com pouco ar), sendo que a percussão se da de forma direta (diretamente na região a ser percutida) ou indireta (onde o dedo médio de uma das mãos pressiona a região e dedo médio da outra mão golpeia a falange distal).

  • Percussão direta: 

  • Percussão dígito-digital: 

  • Punho-percussão: 

  • Percussão com a borda da mão: 

  • Percussão por piparote: 

O último procedimento, a ausculta, utiliza a audição com intuito de avaliar os sons e ruídos produzidos pelos órgãos e observando o aparecimento de alterações. Esses sons são provenientes da vibração das estruturas entre sua origem e a superfície corporal um exemplo desses sons são as bulhas cardíacas, ruídos respiratórios e ruídos hidroaéreos. Deve ser realizado com o auxílio do estetoscópio. 



Referências: 
BARROS, A. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2003.
PORTO, C, C. Exame Clínico: Bases para a prática médica. 5º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário