sexta-feira, 18 de julho de 2014

• RESUMO • Anatomia do Sistema Esquelético.

O termo Osteologia significa “estudo dos ossos”. Apesar de sua aparência simples, o osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico, formado por um conjunto de tecidos distintos e especializados que contribuem para o seu arranjo final. Os ossos são órgãos esbranquiçados e duros que, unindo-se aos outros por intermédio das articulações, constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a substância óssea esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e o seu aspecto macroscópico também difere. Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais denso e duro. Na substância óssea esponjosa, as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si, espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a semelhança do canal medular, contém medula. As lacunas entre as lamínulas ósseas são chamadas de trabéculas ósseas. Nos ossos longos a  diáfise é composta por osso compacto externamente ao canal medular, enquanto as epífises são compostas por osso esponjoso envolto, por uma fina camada de osso compacto. Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de substância compacta. Nos ossos da calvária (abóbada ou calota craniana), a substância esponjosa é chamada de díploe. No vivente e no cadáver, o osso encontra-se sempre revestido por delicada membrana conjuntiva, com exceção das superfícies articulares. Esta membrana é denominada periósteo e apresenta dois folhetos, um superficial e outro, profundo. O folheto profundo está em contato direto com a superfície óssea. A camada profunda é chamada osteogênica pelo fato de suas células transformarem-se em células ósseas, que serão incorporadas à superfície do osso, promovendo assim o seu espessamento. Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre. Os vasos sanguíneos passam para o interior dos ossos, através dos forames nutrícios, enquanto os nervos apenas os circundam.

Como FUNÇÕES DO ESQUELETO, tem-se:

1) Sustentação e conformidade: os ossos funcionam como base estrutural para o corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo pontos de fixação para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos. A forma do corpo está diretamente relacionada com o esqueleto.
2) Proteção: o sistema ósseo protege órgãos de alta importância contra traumatismos externos. O encéfalo é protegido pelo crânio. A medula espinal, pela coluna vertebral. O coração e os pulmões pelo gradil costal, composto por costelas e o osso esterno. Os órgãos pélvicos são protegidos pelos ossos do quadril, que formam a cavidade pélvica.
3) Participação na alavancagem (movimentação): o movimento é produzido quando uma tração exercida pelos músculos esqueléticos incide sobre os ossos, no momento de sua contração. Pelo fato de muitos ossos se articularem e esta união óssea permitir movimentos, o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo e da amplitude do movimento que o segmento será capaz de fazer, bem como, a própria anatomia do osso acaba por limitar movimentos indesejáveis.
4) Homeostasia mineral: o tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente cálcio e fósforo, que contribuem para fortalecer o osso. O osso também pode liberar minerais na corrente sanguínea a fim de manter os balanços minerais e/ou distribuí-los para outros órgãos.
5) Hematopoiese: produção de células sanguíneas. No interior de certas partes dos ossos, a medula óssea vermelha produz eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
6) Armazenamento de triglicérideos: no recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e está envolvida na hematopoiése. Entretanto, com o avançar da idade, a produção de células sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser formada por adipócitos. Sendo chamada, então, de medula óssea amarela.
CLASSIFICAÇÃO ÓSSEA QUANTO À FORMA:

A) Longo: é quando o seu comprimento sobressai-se à sua altura e largura. Ex: fêmur, tíbia, fíbula, rádio, ulna, falanges, etc. Possui um canal central com medula óssea amarela.
B) Alongado: externamente são ossos longos, mas diferencia-se por não possuir canal central e medula óssea amarela. Ex: costelas e clavículas.
C) Curto: suas dimensões equivalem-se. Ex: carpo e tarso.
D) Plano (laminar): o próprio nome já o define. Ex: escápulas, frontal, parietais, etc.
E) Irregular: sem forma geométrica definida, ou seja, com aspecto irregular. Ex: vértebras, esfenóide, etc.
F) Sesamóide: são ossos que originam-se entre tendões e ligamentos. Ex: patela.
G) Pneumático: ossos que apresentam cavidades aéreas no seu interior, chamadas seios paranasais por se comunicarem com a cavidade nasal.

OBS: percebe-se que alguns ossos podem ter duas classificações simultâneas. Ex: o esfenóide é irregular e pneumático; o frontal é plano e pneumático; a patela é curto e sesamóide.

O esqueleto é dividido em:
       1) Apendicular: composto pela cintura escapular (escápulas e clavículas), úmeros, rádios, ulnas, carpos, metacarpos e falanges;
           2) Axial: ossos do crânio e face, coluna vertebral, costelas e o esterno.

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