Com uma camisinha gigante feita de pano, o enfermeiro Vencelau Pantoja
demonstra, para turmas de adolescentes, a forma correta de usar o
preservativo masculino. A criatividade é aliada da prevenção às doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs) e aids, missão assumida por milhares
de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em todo o Brasil. A
categoria mais numerosa da área da saúde também é maioria na prevenção.
Dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde são alarmantes:
na última década, a incidência da doença cresceu em todas as regiões do
Brasil, exceto o Sudeste, onde houve um pequeno recuo. As pesquisas
indicam um elevado grau de conhecimento sobre as formas de transmissão
da doença, mas a informação sozinha nem sempre basta para mudar
atitudes. Esse é o grande desafio indicado pelos profissionais de
enfermagem que atuam na prevenção.
Além do preservativo gigante, Vencelau também criou, junto com o
enfermeiro Sávio Sarquis, um dispensador alternativo de camisinhas,
adaptando a embalagem de papelão dos preservativos. Testada a aprovada
no Amapá, a ideia tem sido utilizada em oficinas de prevenção em todo o
país.
“Além de prático, o dispensador possibilita agregar valor de prevenção.
Realizamos oficinas lúdicas com diversos públicos para a confecção
customizada dos dispositivos, que envolvem o participante em todas as
etapas de incorporação de princípios preventivos”, conta Pantoja,
conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). O enfermeiro
destaca a necessidade de adotar estratégias para sensibilizar cada
público específico, sem deixar de lado os aspectos afetivos, que podem
facilitar ou dificultar as atitudes de prevenção.
O profissional de Enfermagem que não trabalha diretamente nas
campanhas de prevenção às DSTs/Aids também tem o papel importante na
política de prevenção, por meio do acolhimento humanizado, com
orientação ao paciente e formação de vínculo com a comunidade.
Dados epidemiológicos apontam a infecção por doença sexualmente
transmissível (DST) é um dos fatores de risco para contrair o HIV. Falar
abertamente sobre prevenção, com sensibilidade, é um dos papéis dos
enfermeiros, que, na atenção primária, já atuam com sucesso no
tratamento das DSTs por abordagem sindrômica.
Fonte: Ascom/Cofen
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