"A medicação é liberada para o autismo há muitos anos. Ele é um medicamento excepcional, de primeira linha", comemorou o psiquiatra infantil Fábio Barbirato. - É importante frisar que é apenas para um sintoma do transtorno, que é a explosão emocional. Não tem remédio nem dieta para o autismo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70 milhões de pessoas no mundo tenham o distúrbio. No Brasil, a estimativa é de este número alcance dois milhões de pessoas. O ministério informou que vai investir R$ 669 mil para a compra da Risperidona.
A inclusão de medicamentos no SUS obedece às regras da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que exige comprovação da eficácia, custo-efetividade e segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada e assim garante a proteção do cidadão que fará uso do medicamento. Após a incorporação, o medicamento ou tecnologia pode levar até 180 dias para estar disponível ao paciente.
De acordo com Barbirato, a Risperidona é indicada no mundo inteiro e já é usada nos consultórios privados há algum tempo.
"Na rede pública, havia somente o antipsicótico Haldol, mas ele pode causar uma série de efeitos colaterais, como problemas hepáticos ou movimentos repetitivos nos membros", afirmou.
O médico complementou, ainda, que o novo medicamento disponível no SUS é indicado para crianças a partir dos 5 anos. No entanto, ressaltou que não são todas as crianças autistas que têm necessidade de tomar a Risperidona, já que nem todas demonstram os sintomas que são controlados pelo remédio.
O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos, como o Risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.
Fonte: OGlobo
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