1. Após seguir por décadas um modelo que privilegiava a
atenção hospitalar, herdada da medicina previdenciária, os
esforços, programas e investimentos públicos passaram a
se concentrar na atenção básica, com a adoção do
Programa de Saúde da Família (PSF). A implantação do PSF
é um marco na incorporação da estratégia de atenção
primária na política de saúde brasileira. Quanto ao PSF,
podemos afirmar que:
a) seus princípios são hospitalocêntricos, baseados em
modelos que privilegiam o atendimento hospitalar.
b) sua prática atende aos princípios de Telemedicina.
c) o modelo preconiza o atendimento domiciliar
executado exclusivamente por médico especialista.
d) pretende que a unidade de saúde da família seja a
porta de entrada ao sistema local e o primeiro nível de
atenção, que estará integrado à rede de serviços mais
complexos.
e) pretende que a unidade de saúde da família integre o
segundo nível de atenção, sem que haja a integração à
rede de serviços mais complexos, tendo em vista a
descentralização assistencial.
2. Serviço criado pelo Governo Federal e indicado para
pessoas que apresentam dificuldades temporárias ou
definitivas de sair do espaço da casa para chegar a uma
unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em
situações nas quais a atenção domiciliar é a mais indicada
para o seu tratamento. Criado em 08 de novembro de
2011. Trata-se do:
a) Programa “Minha Casa, minha Vida”.
b) Programa “Home Care – Brasil”.
c) Programa “Casa 100%”.
d) Programa “Melhor em Casa”.
e) Programa “Hospital em Casa”
3. Instrumento que possibilita a vinculação dos
procedimentos executados no âmbito do SUS ao usuário,
ao profissional que os realizou e também à unidade de
saúde onde foram realizados. Para seu funcionamento se
faz necessária a construção de cadastros de usuários, de
profissionais de saúde e de unidade de saúde. Com tais
cadastros, os usuários do SUS e os profissionais de saúde
recebem um número nacional de identificação. Esse
dispositivo de identificação é chamado de:
a) Cartão Nacional de Saúde.
b) Cartão de Saúde.
c) Cartão Federal de Saúde.
d) Identificador Nacional de Saúde.
e) Identificador Federal de Saúde.
4. A Constituição Federal de 1988 estabelece em seus artigos
196 a 200 o arcabouço legal para a política de saúde que
criou o SUS. O artigo 198 estabelece o SUS como um
sistema único e organizado, de acordo com as seguintes
diretrizes:
a) descentralização, equidade e transparência.
b) centralização, equidade e transparência.
c) descentralização, atendimento integral e participação
da comunidade.
d) atendimento integral, participação da comunidade e
hierarquização.
e) hierarquização, prevenção e recuperação.
5. Dentre as prioridades estabelecidas pelo Pacto pela Vida
está a Saúde do Idoso. É correto afirmar que:
a) considera-se como idosa toda pessoa acima de 60
anos.
b) o Pacto pelo Idoso foi criado pela Lei nº 8.142/90.
c) o Pacto pelo Idoso foi criado pela Portaria nº 3.916/98
do Ministério da Saúde.
d) o acolhimento ao idoso não pode, sob hipótese
alguma, ser realizado em unidades de saúde, ficando
restrito ao atendimento domiciliar.
e) o acolhimento ao idoso será realizado exclusivamente
para portadores de doenças crônico-degenerativas.
6. Nos processos de gestão do SUS existe a figura dos sujeitos
ou atores sociais, que participam, de forma organizada, dos
processos de gestão com interferência técnica, política ou
ética no planejamento e/ou monitoramento da saúde
pública. Pode(m) ser considerado(s) sujeito(s) social(is):
a) os governos estaduais e municipais.
b) o Governo Federal, exclusivamente.
c) usuários, profissionais e gestores.
d) a autoridade sanitária federal.
e) os profissionais de saúde, exclusivamente.
7. Uma endemia pode ser qualquer doença que aconteça apenas
em um determinado local ou região, não atingindo nem se
espalhando para outras comunidades. Enquanto a epidemia se
espalha por outras localidades, a endemia tem duração
contínua, mas restrita a uma determinada área. Portanto, o
comportamento endêmico de uma doença se dá:
a) quando sua ocorrência se apresenta na comunidade de
forma regular.
b) quando apresenta variável sazonal bem definida e em
diversas regiões de forma simultânea.
c) quando ocorre em grande número de países
simultaneamente.
d) quando sua ocorrência está claramente em excesso em
relação ao normal esperado.
e) quando sua ocorrência está abaixo do normal
esperado.
8. Os portadores do vírus da AIDS, assim como todo e
qualquer cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos
garantidos. Entre esses direitos estão a dignidade humana e
o acesso à saúde pública. Em epidemiologia, portadores
podem ser definidos como indivíduos que:
a) apresentam imunidade a uma doença em virtude de
uma infecção adquirida previamente.
b) desenvolveram imunidade passiva em consequência de
mecanismos naturais ou artificiais.
c) abrigam agentes infecciosos específicos na ausência de
doença clinicamente discernível e servem como
potenciais fontes de infecção.
d) apresentam forma aguda de patologia e servem como
fonte potencial de infecção exclusivamente para
pessoas suscetíveis.
e) apresentam forma crônica de patologia e servem como
fonte potencial de infecção exclusivamente para
pessoas suscetíveis.
9. Em Epidemiologia, é correto afirmar que:
a) a prevalência acumulada é também conhecida como
“taxa de ataque”.
b) a prevalência expressa a proporção de indivíduos
afetados por determinada doença ou que apresenta
determinada característica numa população e período.
c) a prevalência é definida como o número de casos
novos de uma doença ou evento de saúde ocorrido
durante um período de tempo especificado numa
população sob risco de desenvolver a doença ou o
evento de interesse.
d) a densidade de incidência é expressa por
pessoas/lugar.
e) densidade de incidência equivale a uma relação entre
incidência e prevalência absoluta.
10. A Febre do vírus Zika é uma doença causada por um vírus
do gênero Flavirirus, família Flaviviridae, transmitida,
principalmente, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus. A circulação do vírus no Brasil foi confirmada
laboratorialmente em abril de 2015, em amostras de
pacientes do município de Camaçari, Bahia. Em maio foram
confirmados casos por laboratório em Natal/RN, Sumaré e
Campinas/SP, Maceió/AL e Belém/PA. Desde a 12ª Semana
Epidemiológica de 2016, as 27 Unidades Federadas
apresentam confirmação laboratorial da circulação
autóctone do vírus Zika. Muitos estudos têm sido
amplamente realizados em busca de respostas fidedignas
quanto à doença causada pelo Zika; no entanto, os sinais e
sintomas dessa patologia estão bem estabelecidos.
Podemos afirmar que são sinais e sintomas do Zika:
a) cerca de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem
manifestações clínicas, mas quando desenvolvem são:
cefaleia, febre baixa, artralgia leve, manchas vermelhas
na pele, coceira e conjuntivite.
b) cerca de 20% das pessoas infectadas não desenvolvem
manifestações clínicas, e quando desenvolvem são:
cefaleia intensa, febre alta > 39° com início abrupto,
artralgia intensa, prostração, fraqueza e dor retroocular.
c) cerca de 60% das pessoas infectadas desenvolvem
manifestações clínicas, e quando desenvolvem são:
febre alta > 40° de início abrupto, náuseas, vômitos,
doe muscular intensa, prostração, fraqueza e manchas
vermelhas na pele.
d) cerca de 50% das pessoas infectadas desenvolvem
manifestações clínicas, e quando desenvolvem são:
cefaleia, febre alta > 38,5° com início abrupto, artralgia
leve, manchas vermelhas na pele, coceira e
conjuntivite.
e) cerca de 70% das pessoas infectadas desenvolvem
manifestações clínicas e quando desenvolvem são:
cefaleia intensa, febre baixa, artralgia intensa, manchas
vermelhas na pele, prostração, náuseas e vômitos.
11. Diabetes Mellitus (DM) refere-se a um transtorno
metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por
hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos,
proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção
e/ou ação da insulina. O DM vem aumentando sua
importância por sua crescente prevalência e habitualmente
está associado à dislipidemia, à hipertensão arterial e à
disfunção endotelial. É um problema de saúde em que as
evidências demonstram que o bom manejo desse problema
ainda na Atenção Básica evita hospitalizações e mortes por
complicações cardiovasculares e cerebrovasculares. Nessa
conjuntura, o enfermeiro deve conhecer a fundo a
patologia para que possa realizar um plano de cuidados
preventivo e até mesmo não farmacológico para
tratamento do DM, tendo em vista que a prevalência de
DM nos países da América Central e do Sul foi estimada em
26,4 milhões de pessoas e projetada para 40 milhões, em
2030. Portanto, são valores preconizados para diagnóstico
de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos (TTG = Teste de
Tolerância à Glicose):
a) glicemia de jejum ≥ 126, TTG: duas horas após 75 g de
glicose ≥ 200, glicemia casual 200 com sintomas
clássicos: poliúria, polidipsia e polifagia e hemoglobina
glicada > 6,5%.
b) glicemia de jejum ≥ 110, TTG: duas horas após 75 g de
glicose ≥ 140 e glicemia casual < 200.
c) glicemia de jejum ≥ 200, TTG: duas horas após 75 g de
glicose ≥ 140 e < 200 com sintomas clássicos: poliúria,
polidipsia e polifagia e hemoglobina glicada > 5%.
d) glicemia de jejum ≥ 160, TTG: duas horas após 75 g de
glicose ≥ 220, glicemia casual ≥ 200 e > 250 sem
sintomas.
e) glicemia de jejum ≥ 130, TTG: duas horas após 75 g de
glicose ≥ 180, glicemia casual < 200 sem sintomas.
12. A tuberculose, doença antiga e reconhecida como fatal
desde a época de Hipócrates, teve o agente etiológico
descoberto em 1882 por Robert Koch e, ainda por muitas
décadas, nenhuma terapia medicamentosa mostrou-se
eficaz contra o bacilo de Koch. Embora a doença ainda
apresente o maior número de casos de toda a história da
humanidade, a TB apresenta uma cadeia de prevenção
desde os primeiros momentos de vida e tratamento eficaz.
Nesse contexto, o micro-organismo responsável por causar
a doença supracitada, a vacina que confere poder protetor
às formas graves da primoinfecção e a idade em que deve
ser aplicada, são, respectivamente:
a) Mycobacterium abscessus, BCGid – BCG intradérmico,
deve ser realizado até 2 anos.
b) Mycobacterium tuberculosis, PPD – Reação de
Mantoux intradérmico, deve ser realizado ao
nascimento.
c) Mycobacterium de koch, PPD – Reação de Mantoux,
intradérmico até 2 meses.
d) Mycobacterium tuberculosis, BCGid – BCG
intradérmico, deve ser realizado ao nascimento.
e) Mycobacterium abscessus, PPD – Reação de Mantoux,
intradérmico até 3 meses.
13. Sobre os 10 passos para o Pré-Natal de Qualidade na
Atenção Básica é correto afirmar, exceto:
a) O primeiro passo é iniciar o pré-natal na Atenção
Primária à Saúde até a 8ª semana de gestação.
b) O quinto passo é garantir o transporte público gratuito
da gestante para o atendimento pré-natal, quando
necessário.
c) O sexto passo pontua que é direito do(a) parceiro(a)
ter cuidado por meio de realização de consultas,
exames e ter acesso a informações antes, durante e
depois da gestação, denominado como “pré-natal
do(a) parceiro(a)”.
d) O oitavo passo é estimular e informar sobre os
benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração
do “Plano de Parto”.
e) O nono passo registra que toda gestante tem direito de
conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no
qual será realizado o parto.
14. A palpação obstétrica e a mensuração da altura uterina, na
atenção primária, tem por objetivos identificar o
crescimento fetal, diagnosticar os desvios de normalidade a
partir da relação entre a altura uterina e a idade gestacional
e identificar a situação e a apresentação fetal. A técnica de
palpação fetal, também conhecida como Manobra de
Leopold, deve ser realizada em 4 tempos. Analise as figuras
e, em seguida, relacione a ordem em que a palpação deve
ser realizada com a letra da figura.
a) A: 1º tempo; B: 2º tempo; C: 3º tempo; D: 4º tempo.
b) A: 4º tempo; B: 3º tempo; C: 2º tempo; D: 1º tempo.
c) A: 3º tempo; B: 1º tempo; C: 4º tempo; D: 2º tempo.
d) A: 1º tempo; B: 3º tempo; C: 2º tempo; D: 4º tempo.
e) A: 2º tempo; B: 4º tempo; C: 1º tempo; D: 3º tempo.
15. É fundamental que os serviços de atenção primária no
Sistema Único de Saúde (SUS) se responsabilizem pela
realização de pequenos procedimentos clínicos e cirúrgicos,
acolhendo usuários em situações agudas (tais como
ferimentos) ou crônicas (unhas encravadas, por exemplo),
avaliando sempre o risco de agravamento e a necessidade
de atendimento imediato ou encaminhamento a outro
serviço de saúde. Para que as Unidades Básicas de Saúde
possam realizar de forma adequada os procedimentos e
garantir a resolubilidade dos serviços é imprescindível que
elas tenham estrutura física adequada e sejam equipadas
com materiais e insumos que estejam disponíveis durante o
atendimento. As principais coberturas primárias utilizadas
para o tratamento de feridas agudas e crônicas que devem
estar disponíveis nas Unidades Básicas do país são:
a) carvão ativado, filme transparente, hidrocoloide e
sulfadiazina de prata.
b) carvão ativado, ácidos graxos essenciais, alginato de
cálcio e película transparente.
c) hidrocoloide, ácidos graxos essenciais, papaína e
carvão ativado.
d) papaína, carvão ativado, sulfadiazina de prata e filme
transparente.
e) hidrocoloide, ácidos graxos essenciais, alginato de
cálcio e sulfadiazina de prata.
GABARITO
1. D
2. D
3. A
4. C
5. A
6. C
7. A
8. C
9. B
10. A
11. A
12. D
13. A
14. E
15. E
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