quarta-feira, 13 de abril de 2016

• QUESTÕES (COM GABARITO) • Centro Cirúrgico [3].


1. Conforme a Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (2009), o sistema de assistência de enfermagem perioperatória (SAEP) tem como objetivo promover um cuidado de enfermagem qualificado e envolve todos os períodos do processo cirúrgico, que compreende as seguintes etapas:

a) visita pré-operatória, planejamento, implementação e avaliação da assistência de enfermagem.
b) visita pré-operatória, planejamento, implementação da assistência de enfermagem e visita pós-operatória.
c) visita pré-operatória, planejamento, implementação, avaliação e reformulação da assistência de enfermagem.
d) visita pré-operatória, planejamento, implementação e reformulação da assistência de enfermagem.

2. São competências da equipe de enfermagem da sala de recuperação anestésica (SRA) prestar assistência de enfermagem sistematizada e individualizada aos pacientes no pós-operatório imediato e realizar o registro dos cuidados prestados. Quanto a essa assistência,

a) os critérios de alta são: saturação de oxigenioterapia dos limites de normalidade, orientação do paciente no tempo e espaço, ausência de sangramento ativo da ferida operatória e retenção urinária, ausência de queixa álgica ou manutenção da dor sob controle e estabilidade de sinais vitais; ausência de náuseas e vômitos; presença de atividade e força muscular; presença de sensibilidade cutânea após bloqueio motor e valor de escala de Aldrete e Kroulik entre 8 e 10.
b) a equipe médica, especialmente da anestesiologia, participa junto com a equipe de enfermagem dos cuidados por tratar-se de pacientes críticos e é necessário que a equipe multiprofissional seja especializada e que os critérios de admissão e alta sejam bem definidos. Considerando-se o trabalho multidisciplinar, pelo menos um desses profissionais, anestesiologista ou enfermeiro, deve estar presente as 24 horas ininterruptas.
c) a monitorização adequada dos pacientes submetidos ao processo anestésico-cirúrgico depende não só de materiais e equipamentos adequados, mas também da identificação e do controle de riscos a que estão expostos, o que requer recursos humanos qualificados. Assim, a alta da SRA pode ser autorizada pelo médico anestesiologista e pelo enfermeiro, desde que obedecidos os critérios de alta institucionais.
d) o alívio da dor no pós-operatório tem sido um grande desafio para a equipe multidisciplinar. A dor é uma sensação que possui caráter subjetivo, que varia de indivíduo para indivíduo, o que requer avaliação e intervenção por meio de estratégias validadas. No caso de dor aguda moderada ou intensa, são indicados analgésicos e adjuvantes.

3. “Em 20/06/2012, tornou-se pública a notícia sobre uma suposta negligência em um hospital particular de Brasília, durante uma cirurgia de retirada do útero da servidora pública R.C.R., 50 anos. Três instrumentos cirúrgicos foram encontrados no abdômen, um ano e dois meses após o procedimento, realizado em 16 de julho de 2010. Entre eles, estava um material metálico torto com 9,6 centímetros de comprimento e 1,5 cm de espessura, com características de uma alça de compressa ginecológica. Um tecido e um material de borracha também foram retirados do corpo da paciente. Esta semana, a servidora entrou com um processo na Justiça alegando danos morais, materiais e estéticos.”
No caso descrito na reportagem acima, quais objetivos da OMS deixaram de ser adotados?

a) Usar, de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico; ter atenção para não reter, de modo inadvertido, compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas; operar o paciente certo e em local cirúrgico certo; usar métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, enquanto o paciente é protegido da dor.
b) Usar, de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico; ter atenção para não reter, de modo inadvertido, compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas; estar efetivamente preparado para o risco de grandes perdas sanguíneas, indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente.
c) Usar, de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico; ter atenção para não reter, de modo inadvertido, compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas; comunicar-se efetivamente e trocar informações críticas para a condução segura da cirurgia.
d) Usar, de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico; ter atenção para não reter, de modo inadvertido, compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas; estar efetivamente preparado para perda de vias aéreas ou de função respiratória que ameacem a vida; identificar de forma precisa todos os instrumentos cirúrgicos.

4. O Centro Cirúrgico é considerado pelas Portarias nº 1884/94 e 930/92 e pela RDC 307 como área crítica, ou seja, ambiente em que existe risco aumentado de transmissão de infecção, pelos procedimentos realizados. Classifica-se como área semi-restrita, irrestrita e restrita, respectivamente.

a) Vestiário, corredor de entrada, expurgo.
b) Expurgo, sala de operação, área de escovação.
c) Área de escovação, vestiário, sala operatória.
d) Corredor interno, sala de preparo de material, corredor de entrada.
e) Sala de recuperação anestésica, expurgo, central de material e esterilização.

5. De um modo geral, as intervenções cirúrgicas têm em comum, tempos fundamentais. Essas fases são, respectivamente:

a) Diérese, hemostasia, exérese, síntese.
b) Diérese, exérese, hemostasia, síntese.
c) Exérese, diérese, síntese, hemostasia.
d) Exérese, síntese, hemostasia, diérese.
e) Diérese, hemostasia, síntese, exérese.

6. É considerada cirurgia potencialmente contaminada:

a) trauma abdominal penetrante.
b) histerectomia abdominal.
c) hemorroidectomia.
d) apendicectomia.
e) mastectomia.

7. Todo ato cirúrgico envolve riscos e os cuidados de enfermagem têm como meta minimizar esses riscos. Considerando a questão do posicionamento do paciente na mesa cirúrgica, responda a posição indicada aos pacientes que se submeterão a uma cirurgia laparoscópica no abdome inferior ou pelve:

a) Kraske.
b) Litotomia.
c) Semi-flower.
d) Decúbito dorsal.
e) Trendelemburg.

8. Dentre os cuidados de enfermagem específicos ao uso de bisturi elétrico, é importante:

a) Colocar a placa em qualquer lugar do corpo.
b) Colocar a placa sobre as proeminências ósseas e pontos de pressão.
c) Colocar a placa sobre a área de massa muscular próxima ao sítio cirúrgico.
d) Colocar a placa em contato com a panturrilha após tricotomizada e umedecida.
e) Colocar a placa preferencialmente em áreas com grande quantidade de pêlos.

9. Os instrumentais cirúrgicos são utilizados nos diferentes tempos cirúrgicos. Assinale os instrumentos utilizados para hemostasia.

a) Kelly, farabeuf, bisturi, mayo.
b) Duval, babcock, allis, collin.
e) Halsted, Kelly, Collin, Duval.
d) Halsted, Kelly, Rochester, Mixter.
e) Biscuti, tesoura Mayo, tesoura metzenbaum, Allis.

10. No caso de um paciente em pós-operatório de prostatectomia e com diagnóstico de enfermagem de risco de sangramento relacionado ao efeito secundário relacionado ao tratamento (cirurgia). Há várias intervenções de enfermagem a serem realizadas. Assinale a alternativa que apresenta uma melhor intervenção.

a) Manter o repouso no leito.
b) Manter acesso IV pérvio.
c) Evitar procedimentos invasivos.
d) Evitar constipação conforme apropriado.
e) Monitorar a drenagem para garantir o fluxo urinário adequado.

11. Um paciente deu entrada na unidade com diagnóstico de colecistite aguda. Ele deverá ser submetido ao seguinte tipo de cirurgia:

a) eletiva.
b) urgente.
c) opcional.
d) necessária.
e) emergencial.

12. O uso de drenos e/ ou sondas é frequente no paciente cirúrgico. Nas cirurgias torácicas, urológicas e na ressecção da mama, os drenos utilizados são:

a) Dreno de tórax com sistema aberto, sonda de Levine, dreno de pen rose.
b) Dreno de tórax com sistema duplo, dreno de Kher e dreno de Jackson Pratt.
c) Dreno de tórax com sistema fechado, dreno de Jackson Pratt e dreno de Kher.
d) Dreno de tórax com sistema fechado, sonda de Foley com duas vias e dreno de Pen rose.
e) Dreno de tórax com sistema fechado, sonda de Foley com três vias e dreno de Portovac.

13. Para facilitar o trabalho do instrumentador e também agilizar o tempo da cirurgia, deve-se dispor os instrumentos cirúrgicos na mesa da instrumentadora da seguinte maneira:

a) seguir a arrumação da mesa do instrumentador da direita para a esquerda, colocando o bisturi com a lâmina para baixo e o corte para a esquerda, tesouras e pinças hemostáticas com pontas viradas para o instrumentador e curvatura para baixo, porta-agulha com anéis para baixo e ponta da agulha para
cima, dentre outros instrumentos cirúrgicos.
b) seguir a arrumação da mesa do instrumentador da esquerda para a direita, colocando o bisturi com a lâmina para cima e o corte para a esquerda, tesouras e pinças hemostáticas com pontas viradas para a cima e curvatura para baixo, porta-agulha com anéis para baixo e ponta da agulha para cima, dentre
outros instrumentos cirúrgicos.
c) seguir a arrumação da mesa do instrumentador da esquerda para direita, colocando o bisturi com a
lâmina para baixo e o corte para a esquerda, tesouras e pinças hemostáticas com pontas viradas para o
lado e curvatura para baixo, porta-agulha com anéis para cima e ponta da agulha para cima, dentre
outros instrumentos cirúrgicos.
d) seguir a arrumação da mesa do instrumentador da direita para a esquerda, colocando o bisturi com a lâmina para cima e o corte para a direita, tesouras e pinças hemostáticas com pontas viradas para a
lado e curvatura para baixo, porta-agulha com anéis para baixo e ponta da agulha para baixo, dentre
outros instrumentos cirúrgicos.
e) seguir a arrumação da mesa do instrumentador da direita para a esquerda, colocando o bisturi com a lâmina para baixo e o corte para a esquerda, tesouras e pinças hemostáticas com pontas viradas para a cima e curvatura para baixo, porta-agulha com anéis para cima e ponta da agulha para cima, dentre
outros instrumentos cirúrgicos.

14. Visando à segurança do paciente cirúrgico nos casos onde as cavidades peritoneal, retroperiteneal,
pélvica e torácica forem penetradas é regra que se faça a contagem do material utilizado na cirurgia
como: compressas, pinças, clipes, material pérfuro-cortante dentre outros. Sobre a forma de se realizar a contagem, é recomendável que:

a) As gazes deverão ser contadas antes do uso não necessitando recontá-las quando descartadas fora do campo estéril.
b) A instrumentadora assuma a responsabilidade de conferir o material utilizado, fazendo a contagem ao término da cirurgia.
c) Se um instrumental cair no chão ou sair do campo estéril, ele deve ser excluído da sala operatória para não interferir com a contagem final.
d) Quando na contagem final se identifica a falta de alguma pinça, a conduta deverá ser a reabertura da ferida operatória para possível localização.
e) Os instrumentais devem ser contados antes do início do procedimento e antes do fechamento da ferida (na primeira camada de fechamento).

15. O índice Aldrete e Kroulik tem a finalidade de estabelecer os critérios de alta da unidade de
recuperação pós-anestésica. Ele é composto pelos seguintes itens:

a) temperatura, respiração, circulação, consciência e saturação de O2.
b) respiração, circulação, atividade muscular, consciência e saturação de CO2.
c) respiração, temperatura, atividade muscular, consciência e dor.
d) atividade muscular, respiração, circulação, consciência e saturação de O2.
e) dor, circulação, respiração, consciência e saturação de CO2.


GABARITO
1. C
2. A
3. C
4. C
5. A
6. B
7. E
8. C
9. D
10. E
11. B
12. E
13. A
14. E
15. D

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