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[UM POUCO SOBRE...] Conjuntivite neonatal.

A conjuntivite neonatal (CN) é definida como uma conjuntivite purulenta do recém-nascido, no primeiro mês de vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. A epidemiologia desta condição mudou radicalmente com a introdução do método de Credé, em 1881, que consistia na aplicação de uma gota de solução aquosa de nitrato de prata (NP) a 2%, após a limpeza dos olhos. Esse procedimento reduziu dramaticamente a incidência da CN. Posteriormente, a solução de NP a 1% passou a ser o método de Credé, por ser menos irritante que a 2%. A grande maioria dos casos de CN infecciosa é adquirida durante a passagem pelo canal do parto e reflete as infecções sexualmente transmissíveis (IST) presentes na comunidade. Com relação aos agentes microbianos, no Manual DST AIDS do MS de 2006 são reportados como os mais importantes a Neisseria gonorrhoeae (agente etiológico da gonorreia) e a Chlamydia trachomatis (agente etiológico da clamídia). A CN viral é quase exclusivamente herpética, tendo em vista o grande número de agentes que se podem apresentar de forma semelhante, a etiologia da CN não pode ser definida com base apenas na clínica, fazendo-se necessário o uso de métodos laboratoriais. Talvez a justificativa mais importante para a necessidade de identificação do agente etiológico é que, ao contrário da conjuntivite do adulto, a CN implica em maior risco de complicações locais e significativo potencial de complicações sistêmicas, de gravidade dependente do microorganismo, necessitando de pronto tratamento direcionado ao agente específico.

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[UM POUCO SOBRE...] ABCDE do trauma.

A) Vias aéreas e controle da coluna cervical. Nessa primeira fase do atendimento, a equipe deve checar se o paciente está com as vias aéreas desobstruídas. É importante verificar se não há corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas de face ou qualquer lesão na coluna cervical. Todo o processo deve ser tátil, verificando sinais de edemas ou sangramentos e observando se a vítima não emite qualquer som durante a respiração, tosse ou apresenta alguma agitação. Garantida a permeabilização, o colar cervical deve ser colocado. B) Respiração e ventilação. Depois de garantir a permeabilidade das vias respiratórias, é preciso aferir se o cidadão está, de fato, respirando bem. Nesse ponto, é necessário observar os movimentos do tórax, fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão torácica e, se necessário, utilizar métodos de ventilação mecânica para reestabelecer a função. C) Circulação com controle de hemorragia. Após os primeiros procedimentos, é preciso impedir que a vítima entre em quadros como a hipovolemia (diminuição anormal do volume do sangue de um indivíduo), que podem trazer como consequência o choque hemorrágico. Assim, palpar, verificar o dorso e identificar de onde surgiu a hemorragia é o primeiro passo para sua contenção. Impedir que o cidadão continue perdendo sangue durante o atendimento pode ser decisivo para que o óbito não aconteça. Nessa etapa também são aferidos o nível de consciência, a coloração da pele, a frequência e a amplitude do pulso, a perfusão periférica, a pressão arterial e do pulso, ainda notando se há sudorese. D) Exame neurológico sumário. Uma avaliação primária do nível de consciência da vítima deve ser determinada no momento do primeiro atendimento para que, depois, seja encaminhada e classificada pela Escala de Glasgow. Depois da primeira classificação, o paciente deve passar por um novo teste ao chegar na unidade de atendimento. E) Exposição com controle da hipotermia. A vítima deve ser despida. Para facilitar o trabalho e impedir novos traumas, corta-se a roupa. Nesse procedimento, é comum que a temperatura do corpo baixe, deixando os cidadãos mais suscetíveis à hipotermia. É importante utilização de mantas térmicas.

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[UM POUCO SOBRE...] Características gerais das anotações de Enfermagem.

👉Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas e cronológicas; 👉Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional ao final de cada registro; 👉Devem ser registradas logo após o cuidado prestado, a orientação fornecida ou informação obtida; 👉Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços; 👉Não deve ser utilizado corretivo, esparadrapo ou qualquer forma para apagar o registro realizado, por tratar-se de um documento legal. Caso aconteça uma anotação errada, utilize o termo “digo” entre vírgulas. 🔸Por exemplo: "Mantém cateter venoso periférico em mão direita, digo, esquerda.". 👉Caso o erro percebido seja extenso, por exemplo, realizado a anotação de um paciente no impresso de outro paciente, é preciso “passar” um traço na diagonal e utilizar o termo “SEM EFEITO”, continuando o registro correto na linha subsequente; 👉Não deixar espaços em branco entre uma e outra anotação e não passar traço entre o final da anotação e a identificação do profissional; 👉Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico. Não é correto, por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados referentes ao exame físico do paciente, como abdome distendido, timpânico; pupilas isocóricas, etc., visto que, para a obtenção destes dados, é necessário ter realizado o exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro.

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[UM POUCO SOBRE...] Métodos propedêuticos.

Antes de aprendermos a fazer o exame físico, precisamos conhecer as técnicas básicas para sua realização, que compreende: 👉Inspeção; 👉Palpação; 👉Percussão e; 👉Ausculta. Para a realização de um bom exame físico, precisamos aguçar os nossos sentidos, sobretudo a visão, o tato, a audição e o olfato, pois ajudam a obter dados que subsidiam o raciocínio clínico dos enfermeiros.  O exame físico deve ser realizado com o paciente despido, sempre expondo as partes no momento que será examinado. Atenção para preservação de sua intimidade, colocando biombos, cobrindo o paciente com lençol, entre outros. 👉Inspeção: é o processo de observação do paciente. Devemos neste momento inspecionar nos segmentos corporais, a presença de dismorfias, distúrbios no desenvolvimento, lesões cutâneas, secreções e presença de cateteres e tubos ou outros dispositivos. É importante verificar o modo de andar, a postura, o contato visual e a forma de comunicação verbal e corporal. Esses dados fornecem “pistas” sobre o estado emocional e mental do paciente. 👉Palpação: é uma técnica utilizada para obtenção de dados por meio do tato (parte mais superficial do corpo) e da pressão (parte mais profunda do corpo). A palpação permite a identificação de modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza. Permite a percepção de frêmito, flutuação, elasticidade e edema. 👉Percussão: é a aplicação de pequenos golpes em determinada superfície do organismo, que emite vibrações específicas de acordo com a estrutura anatômica percutida, quanto à intensidade, tonalidade e timbre. 👉Ausculta: procedimento que possibilita ouvir sons produzidos pelo corpo, que são inaudíveis sem o uso de instrumentos, por isso utilizamos o estetoscópio para examinarmos os pulmões, coração, artérias e intestino.

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domingo, 21 de maio de 2017